Estou lendo (e adorando) o livro "Muito Além no Nosso Eu", de Miguel Nicolelis, renomado neurocientista brasileiro reconhecido internacionalmente (quiça nosso primeiro Nobel). É interessante ver um livro de divulgação científica regado de analogias e metáforas tupiniquins, todas com grande estilo e muito bom gosto. Em uma passagem do início do livro, apenas para citar um exemplo, Nicolelis compara o pulsar de uma população de neurônios, com o coro de 1 milhão de brasileiros gritando diretas já no vale do Anhangabau em 1984, tentando exemplificar como um neurônio só não é capaz de muito, mas uma população deles cria propriedades emergentes fenomenais. Adoro Carl Sagan e Feynman e Dawnkins, mas todos sempre trazem metáforas um tanto quando distante da nossa realidade, e aqui nosso neurocientista nada de braçada.
Mas vamos ao nosso experimento!
Mas vamos ao nosso experimento!
No capítulo 3, intitulado simulando o corpo, Nicolelis descreve um experimento muito famoso chamado "A Ilusão da Mão de Borracha", no qual é possível ver como o cérebro é um simulador do mundo, e cria a realidade ao nosso redor. Neste experimento, que é bem simples e pode ser feito em casa, conseguimos dar vida a uma mão de borracha (eu usei um braço de palhado de pelúcia), e fazer com que você acredite que ela é a sua mão real. Segue video no youtube mostrando como faze-lo (link para o video). Mas onde o iPhone entra na história?
Usando meu irmão e minha mãe como cobaias volutários e dois iPhones 4, fizemos a seguinte configuração conforme fotografia.
Meu irmão estimulou simultaneamente as mão minha e da minha mãe, enquanto eu via no meu iPhone a mão dela e ela via no iPhone dela a minhã mão. Em menos de 1 min de estimulo, iniciou a estranha sensação de troca de mãos!
Você passa a sentir a mão que está na tela do iPhone como sento sua. Depois, vc move o aparelho, e ela continua sendo sua! Só experimentando para sentir o que é.
Para tornar o experimento mais simples, uma variante que deu certo foi filmar o estimulo na mão alheia, e depois só passar o vídeo no iPhone. Assim é necessário apenas 1 aparelho, e o experimento fica bem mais acessível. :-)
Fica aqui a dica do experimento em família (testei com minha avó depois e ela achou um barato). Especial obrigado ao irmão Daniel e a Sr. Cláudia Murta por ajudarem com muito entusiasmo nessa pequena divagação científica, e ao Nicolelis por tornar viva a divulgação da neurociência no Brasil.
Para tornar o experimento mais simples, uma variante que deu certo foi filmar o estimulo na mão alheia, e depois só passar o vídeo no iPhone. Assim é necessário apenas 1 aparelho, e o experimento fica bem mais acessível. :-)
Fica aqui a dica do experimento em família (testei com minha avó depois e ela achou um barato). Especial obrigado ao irmão Daniel e a Sr. Cláudia Murta por ajudarem com muito entusiasmo nessa pequena divagação científica, e ao Nicolelis por tornar viva a divulgação da neurociência no Brasil.
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