Apenas diversão ou curiosidade científica? Não, muito mais do que isso. Os estudos de Nicolelis vão permitir que em breve seja possível fazer com que tetraplégicos consigam se movimentar novamente, apenas com o poder do pensamento, assim como fez Aurora com seu braço mecânico. Mais do que isso, com o sucesso nos estudos mais atuais, o brasileiro tem como meta fazer uma criança paraplégica dar o pontapé inicial da Copa do Mundo de 2014, mostrando que o Brasil pode ser muito mais que o país do futebol.
sábado, 24 de dezembro de 2011
Macacos Telepsicocinetícos e a Paraplegia
Segundo o dicionário Houaiss, psicocinese significa "movimento de objetos físicos por suposta ação direta da mente sobre a matéria, sem recorrer a meios físicos". Podemos dizer que até o ano 2000, era um vocábulo digno de paranormais charlatões (como se existisse outro tipo de paranormal). Pois bem, ainda em minha incursão no livro de Nicolelis intitulado Muito Além do Nosso EU, nosso astro neurocientista relata com muito entusiasmo como foi possível fazer com que Aurora (uma primata) conseguisse, utilizando-se apenas do "poder da sua mente", controlar dois braços robóticos remotos, separados por mais de 1500km de distância (por isso acrescentei o prefixo tele, que significa distância em grego).
domingo, 18 de dezembro de 2011
Neurociência com iPhone, uma Experiência!
Estou lendo (e adorando) o livro "Muito Além no Nosso Eu", de Miguel Nicolelis, renomado neurocientista brasileiro reconhecido internacionalmente (quiça nosso primeiro Nobel). É interessante ver um livro de divulgação científica regado de analogias e metáforas tupiniquins, todas com grande estilo e muito bom gosto. Em uma passagem do início do livro, apenas para citar um exemplo, Nicolelis compara o pulsar de uma população de neurônios, com o coro de 1 milhão de brasileiros gritando diretas já no vale do Anhangabau em 1984, tentando exemplificar como um neurônio só não é capaz de muito, mas uma população deles cria propriedades emergentes fenomenais. Adoro Carl Sagan e Feynman e Dawnkins, mas todos sempre trazem metáforas um tanto quando distante da nossa realidade, e aqui nosso neurocientista nada de braçada.
Mas vamos ao nosso experimento!
Mas vamos ao nosso experimento!
No capítulo 3, intitulado simulando o corpo, Nicolelis descreve um experimento muito famoso chamado "A Ilusão da Mão de Borracha", no qual é possível ver como o cérebro é um simulador do mundo, e cria a realidade ao nosso redor. Neste experimento, que é bem simples e pode ser feito em casa, conseguimos dar vida a uma mão de borracha (eu usei um braço de palhado de pelúcia), e fazer com que você acredite que ela é a sua mão real. Segue video no youtube mostrando como faze-lo (link para o video). Mas onde o iPhone entra na história?
Usando meu irmão e minha mãe como cobaias volutários e dois iPhones 4, fizemos a seguinte configuração conforme fotografia.
Meu irmão estimulou simultaneamente as mão minha e da minha mãe, enquanto eu via no meu iPhone a mão dela e ela via no iPhone dela a minhã mão. Em menos de 1 min de estimulo, iniciou a estranha sensação de troca de mãos!
Você passa a sentir a mão que está na tela do iPhone como sento sua. Depois, vc move o aparelho, e ela continua sendo sua! Só experimentando para sentir o que é.
Para tornar o experimento mais simples, uma variante que deu certo foi filmar o estimulo na mão alheia, e depois só passar o vídeo no iPhone. Assim é necessário apenas 1 aparelho, e o experimento fica bem mais acessível. :-)
Fica aqui a dica do experimento em família (testei com minha avó depois e ela achou um barato). Especial obrigado ao irmão Daniel e a Sr. Cláudia Murta por ajudarem com muito entusiasmo nessa pequena divagação científica, e ao Nicolelis por tornar viva a divulgação da neurociência no Brasil.
Para tornar o experimento mais simples, uma variante que deu certo foi filmar o estimulo na mão alheia, e depois só passar o vídeo no iPhone. Assim é necessário apenas 1 aparelho, e o experimento fica bem mais acessível. :-)
Fica aqui a dica do experimento em família (testei com minha avó depois e ela achou um barato). Especial obrigado ao irmão Daniel e a Sr. Cláudia Murta por ajudarem com muito entusiasmo nessa pequena divagação científica, e ao Nicolelis por tornar viva a divulgação da neurociência no Brasil.
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